O óleo de rícino é extraído da planta de mamona. Antigamente era conhecido por seu poder laxante, mas hoje leva a fama pelos benefícios que traz aos cabelos, pele e unhas. Inclusive já é encontrado em vários produtos de beleza sob o nome de "castor oil", sua denominação em inglês.
Por ser um
óleo, ele não se mistura com a rícina, componente tóxico da mamona, e por isso
sua extração e uso é segura.
Entre seus
componentes estão os ácidos graxos, sendo o principal o ácido ricinoleico,
exclusivo dessa planta. Ele contém também o ácido oleico (parcela do ômega 9),
ácido linoleico e ácido linolênico (parcelas do ômega 6), ácido palmítico e
ácido esteárico, além de sais minerais e vitamina E.
Benefícios
do óleo de rícino para os cabelos
Este
produto tem propriedades tanto de hidratação dos fios de cabelo quanto de
limpeza do couro cabeludo, sendo indicado nos seguintes casos:
1.
Restauração e crescimento de cabelos mais fortes
Graças ao
ômega 6 e ômega 9, o óleo de rícino pode dar maior volume ao fio de cabelo.
Isso ocorre porque esse ácido graxo estimula o couro cabeludo e os folículos
pilosos (local onde os cabelos nascem), fortalecendo assim os fios.
Estes
nutrientes também ajudam a melhorar o aspecto do fio de cabelo, já que ele sela
as cutículas, impedindo que os cabelos fiquem com aparência elétrica e
ressecada, dando brilho aos cabelos e uma aparência mais sedosa.
2.
Hidratação dos fios
Os ácidos
graxos do óleo de rícino, como o ômega 6 e ômega 9, colaboram com a hidratação
dos cabelos ressecados, formando uma película que impede a perda de água para o
ambiente.
3. Combate
à caspa
Ele também
tem propriedades antifúngicas que limpam o couro cabeludo, ajudando a combater
a caspa, que normalmente é causada por fungos. Além disso ele evita o
ressecamento dos fios, prevenindo a descamação do couro cabeludo. Mas é
importante ressaltar que ele sozinho não resolve este problema, ele deve ser
aliado aos tratamentos indicados pelo dermatologista.
4. Oleosidade excessiva
Essa propriedade de limpeza também o ajuda a combater a oleosidade excessiva do couro cabeludo, principalmente quando há bactérias e fungos fomentando a produção excessiva de oleosidade pelas glândulas sebáceas da região. No entanto, pessoas com muita oleosidade não devem manter o óleo de rícino por muito tempo no couro cabeludo. O ideal é aplicar no começo do banho e retirá-lo completamente com o uso do shampoo.
5. Óleo de
rícino e queda de cabelo
É arriscado
dizer que o óleo trate a queda de cabelo, uma vez que existem inúmeras causas
para o problema, que vão desde condições genéticas a quadros de inflamação.
Nos casos
de queda por eflúvio telógeno (traduzindo: quando os fios estão caindo antes do
que deveriam) é que o óleo de rícino pode ser mais benéfico, justamente porque
ele estimula que os fios voltem a fase anágena, ou seja, de crescimento dos
fios.
Como usar o
óleo de rícino no cabelo
A receita é
uma colher de sopa do óleo para um pote de condicionador ou creme hidratante
capilar de 200 mL. Aplique a mistura durante o banho, deixando por cerca de um
minuto nos fios. Depois é importante retirá-lo bem, sem deixar resíduos.
Benefícios
do óleo de rícino para a pele
Os
nutrientes do óleo de rícino podem ser interessantes para a pele de várias
formas. Confira:
Mulher
aplicando creme com óleo de rícino na pele - Foto: Getty Images
Óleo de
rícino pode ser misturados a cremes para trazer mais benefícios à pele
1. Combate
acne e oleosidade
O produto é
interessante para a pele oleosa por ser pouco comedogênico, ou seja, não causa
acnes ou lesões na pele. Ele também tem um efeito adstringente, reduzindo a
proliferação bacteriana, uma das causas da acne. Ele faz tudo isso promovendo a
hidratação necessária para que esta pele fique saudável.
2. Pele
ressecada e envelhecida
Ele é um
hidratante natural e pode ser benéfico para quem sofre com a pele ressecada.
Ele impede a perda de água deste tipo de pele, mantendo-a hidratada, mais forte
e brilhante. O resultado? Uma pele com menos rugas e marcas de envelhecimento.
3.
Cicatrizante natural
O óleo de
rícino também tem uma ação cicatrizante potente, devido principalmente à
presença da vitamina E. Por isso, ele pode ser um aliado de pessoas com estrias
recentes (aquelas com aspecto avermelhado).
Sua
capacidade de cicatrização aliada à hidratação natural o tornam um bom
cosmético pós-sol, principalmente após queimaduras solares, mas sempre
misturado a algum creme e nunca diretamente na pele.
4. E no
caso da celulite?
Muitas
pessoas indicam o óleo de rícino para melhora da celulite, mas ele não tem um
efeito direto neste problema. Na verdade, há estudos que mostraram que a
ingestão do óleo pode melhorar a circulação, mas este efeito é muito pequeno e
não seria suficiente para melhorar o aspecto da celulite.
No entanto,
como ele melhora o aspecto da pele, pode haver a ilusão de que a celulite está
sendo tratada, uma vez que ela é causada pela flacidez da pele e dos músculos.
Como usar o
óleo de rícino na pele
Não é muito
indicado usar o óleo de rícino puro na pele. O melhor é misturá-lo em um creme
hidratante, na proporção de uma colher de sopa para cada 200 mL de produto.
Além disso,
sempre o aplique-o após a higienização da pele, para garantir seu efeito. Como
as moléculas dele são grandes, usar água morna para abrir os poros ajuda na sua
maior adesão na pele.
Benefícios
do óleo de rícino para as unhas e como usar
O óleo de
rícino pode contribuir com a hidratação das cutículas, principalmente devido a
sua capacidade de criar uma película protetora da pele, impedindo que a água
seja perdida para o ambiente externo. Estando mais hidratadas, as cutículas
executam melhor sua função de proteger as unhas e suas novas células, ajudando
no crescimento. Essa camada protetora também ajuda no fortalecimento de unhas
quebradiças.
Para
aproveitar os benefícios é só aplicar o óleo de rícino puro nas unhas e deixar
por uma hora, de preferência antes de fazê-las na manicure ou em casa.
Benefícios
do óleo de rícino para as sobrancelhas e cílios e como usar
Muitas
pessoas indicam o uso do óleo de rícino para melhorar o crescimento das
sobrancelhas e cílios. De fato, ele ajuda por engrossar os fios e torná-los
mais vistosos, dando a impressão de que estão mais numerosos. O uso nas
sobrancelhas é liberado, mas nos olhos é preciso ter cuidado, já que não se
sabe que efeito eles podem ter na visão.
É
recomendado aplicar com uma escovinha dessas de rímel, que pode ser comprada
nova ou mesmo uma antiga devidamente higienizada. No caso das sobrancelhas,
pode-se deixar o óleo agindo durante a noite, só tomando o cuidado de colocar
uma toalha no travesseiro para não manchar. No caso dos cílios, o mais indicado
é conversar primeiro com um dermatologista e entender se vale para seu caso.
Benefícios
do óleo de rícino para a barba e como usar
O óleo de
rícino age nos pelos da barba da mesma forma como nos cabelos e pode ser usado
para estimular o crescimento de uma barba com pelos mais grossos e fortes,
deixando-a mais cheia. No entanto, ele não ajuda no crescimento do fio, não
sendo uma alternativa em casos de barba com falhas.
O modo de
usar é simples: aplicar na pele do queixo massageando. Pode-se retirar no banho em
seguida ou passar antes de dormir e retirar no dia seguinte. Caso pretenda
dormir com o óleo, lembre de forrar o travesseiro com uma toalha, evitando
manchas.
Outras
indicações do óleo de rícino
Imagem com
o óleo de rícino em um vidro e feijões da mamona - Foto: Getty Images
O óleo de
rícino deve ser consumido com cautela e indicação médica
Além dos
benefícios cosméticos, o óleo de rícino também pode melhorar a constipação, uma
vez que estimula os movimentos do intestino. No entanto, ele não deve ser usado
com frequência, pois o uso prolongado pode trazer problemas de saúde.
Normalmente ele é usado como tratamento temporário ou forma laxativa de preparo
para exames.
O uso oral
do óleo deve ser feito em dose única nas seguintes medidas:
Adultos:
entre 15 e 60 ml
Crianças:
entre 5 e 15 ml.
Benefícios
sem comprovação
Até hoje só
existem teorias sobre como as propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes
do óleo de rícino podem ajudar quem tem artrite, no entanto, faltam estudos
científicos embasando e comprovando esta ação.
Contraindicações
A ingestão
do óleo de rícino é contraindicada para:
Gestantes
Lactantes
Crianças e
pacientes que apresentem sintomas compatíveis com obstrução intestinal
Doenças
inflamatórias intestinais
Cólon
irritável
Doença de
Crohn
Colite
ulcerativa
Qualquer
outra doença intestinal conhecida ou suspeita.
Já seu uso
tópico também não costuma ser considerado seguro para gestantes, lactantes e
crianças com menos de 12 anos, mas faltam estudos comprovando se ele pode
causar efeitos nestes grupos.
Além disso,
ele não deve ser aplicado em mucosas, como boca, olhos e orelhas.
Efeitos
colaterais
Entre os
efeitos colaterais do óleo de rícino inclui-se:
Desconforto
e dor abdominal
Cólicas
Diarreia
Náuseas
Desidratação
Alergia por
contato na pele.
Por isso o
ideal é que seu uso seja indicado por um médico.
Fontes
consultadas
Dermatologista
Karin Helmer (CRM-PR 17.331), membro da Sociedade Paranaense de Dermatologia e
médica orientadora do ambulatório de Cosmiatria do Hospital de Clínicas de Curitiba
Dermatologista
João Carlos Pereira (CRM-SP 40.737), especialista em transplante capilar e
tricologia
Dermatologista
Denise Chambarelli (CRM-RJ 457.315), membro efetivo da Sociedade Brasileira de
Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da Sociedade
Brasileira de Medicina Estética
Nutróloga
Andreia Guarnieri (CRM-SP 120807), especialista em nutrologia pela Associação
Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
Farmacêutico
Rodrigo Kury, farmacêutico e bioquímico da Ecenne
Fonte: Blog
minha vida.com
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